apenas deixe-me elucubrar um pouco...

setembro 06, 2016

*** I just love the great ads ***

[ não há muito o que dizer sobre este comercial da Heineken. Apenas que está perfeito, pelo argumento, pela concepção, pela edição, pela trilha, enfim... Bom demais.



E você? O que achou? ]

#Formula1 #JackStweart #Monaco #Advertisement #ADs #Beer #Heineken #Publicidade

*** ladies and gentlemen, bettox is on the air ***

[ bem-vindo ao meu blog pessoal, vivo e inoperante desde 2002, ou seja, iniciado há 14 anos e parado há cinco, mas que, agora, terá uma nova e derradeira função: ativar uma nova fase da minha vida pessoal e profissional.

"Mas, Betto, por que você não apaga tudo e começa do zero? Vale a pena manter toda essa velharia aí?" Opa, se vale! Um monte de relíquias, de eus diferentes, de momentos, de história. Pôxa, se nem os links originais de 2002 eu apaguei (não fui ver ainda, mas acredito que a maioria nem funcione). O que dizer das minhas historinhas, minhas lamúrias.

Não significa que eu vá manter o mesmo padrão de posts. Isso aqui pode até mesmo virar um (chatíssimo) blog profissional, só com coisas sérias, burocráticas... huuummm... Não! Jamais!

Mesmo sendo um blog profissional, vai continuar sendo meu, terá minhas histórias, terá espaço para os meus clientes, terá meus pensamentos absurdos, enfim, terá Roberto, Betto, Bettox & Cia. limitada. Será assim, um autêntico espelho das coisas que eu faço, como eu faço e, claro, das novidades dos meus clientes.

De bônus, vou tentar colocar aqui uns vídeos também. Vai ser divertido. E, por hora, enquantoas "novas novidades" nao aparecem, curtam rolar a página e ver como era, ou como eu fui, ou até mesmo como eu, em parte, sou ainda, desde 2002.

Gostem ou não, é assim que vai ser. E o mais legal: quantas pessoas vocês conhecem que tem um blog desde 2002 e ainda escreve nele? rsrsrs ]

#voltando #oretorno #blogpessoal #blogprofissional #since2002 # desde2002

maio 25, 2011

*** a long time ago...***

[ que mancada! há quase dois anos eu não fazia uma postagem aqui… pusta falta de sacanagem! esta semana é especial, diferente. basta entrar nos Arquivos aí ao lado e buscar os primeiros posts, lá no longínquo 2002. pois ali, maaaais ou menos na época que se comemorava o primeiro aniversário das quedas do WTC (11/9), eu comecei a dedilhar umas cosinhas aqui.

eram posts claramente felizes, de uma pessoa babacamente apaixonada (babacamente apaixonada é um pleonasmo, eu sei) e que começava a babar pelo casamento que se aproximava. Sim, dali há pouquíssimos meses (três) eu iria me casa na igreja e no cartório. E assim o fiz, em 14 de dezembro de 2002.

e por que esta semana é diferente? porque há quatro DIAS esse mesmo casamento se desfez… enfim, depois conto mais. vou ver um pouco de TV (futebol) e esticar o esqueleto… até! ]

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agosto 03, 2009

*** Apenas um teste ***

[ Ah, esses maravilhosos aparatos eletrônicos. Às vezes, eles também
são malditos aparatos eletrônicos!! Mas, independentemente da ocasião,
costumo apelidá-losde M.A.E. que é a sigla para cada uma das eventuais
circunstâncias… Mas tenho curtido. O GMail, orkut, Facebook, msn,
Twitter… Sou quase um Geek!! ]

julho 14, 2009

*** the life's good things ***

[ Acordar com o sol ajuda a manter o humor nos eixos. Mesmo quando tudo parece beeeeemmm difícil. Ontem, foi um dia lado A-lado B. Teve boas coisas acontecendo pela manhã e outras bem ruins à tarde. Um dia típico. O legal é que não foi só de coisas ruins...

Bom, agora falando de expecttivas: a semana que vem PROMETE!! Vem coisa boa por aí... Aguardeeeeemmmmmmm!

E, finalmente, hoje é aniversário do brother! Quem diria! 38 aninhos!! Quase pai... Parabéns, garoto!! ]

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março 03, 2009

*** mazelas ***

[ olha só… não, eu não sou um mau humorado convicto! muito pelo contrário. Quem me conhece no dia a dia, sabe que sou uma pessoa leve, divertida, engraçada… Aliás, isso, às vezes, até atrapalha, porque não consigo ser levado a sério quando preciso!

Mas meus posts mais recentes estão cheios de revolta e indignação e isso pode acabar parecendo que sou um ranzinza (rã cinza?). Para isso, eu tenho outra explicação: é que o meu senso criativo fica mais aflorado quando estou “cururu”. Este estado de curururice não é muito frequente. Mas acontece. E nunca tem um motivo. Simplesmente surge, sem aviso e, da mesma forma, vai embora sem aviso. É que nem soluço, sabe?

Friamente falando, eu até tenho razões, umas maiores e outras menores, para estar “abestado” ou “marrento” (esse Brasil é demais, com seus dialetos). Mas seguindo os princípios básicos da minha eterna vida leve, essas coisas não deveriam me incomodar… muito!

Hoje, por exemplo, eu lamento ter furado dois compromissos nas últimas 24 horas: o futebol nosso de todas as segundas-feiras, ontem às 22h30, e a academia nossa de todas as terças e quintas, às 8h00. Que raio de preguiça é essa? Aos 42, ninguém pode mais se dar ao luxo de se privar dos momentos de “leisure”! O corpo reclama. A mente reclama. O humor, então… Esse reclama mais que todos!!

Mas como é que se “liga” o botãozinho que nos empurra para as coisas que gostamos (precisamos?) fazer? Se alguém souber, por favor, me diga. Agradeço! ]

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março 02, 2009

*** de palavras e atitudes ***

[ tem uma coisa que o meu pai sempre me falou a respeito dos seres humanos, que ele descobriu quando ainda trabalhava: “trabalho com pessoas todos os dias há 40 anos e até hoje não aprendi e sinto que não sei me relacionar bem com elas”, dizia.

Eu, claro, sempre concordei. Mas no fundo, no fundo a gente acaba se iludindo. Sim, a gente acha que pode acreditar nas pessoas; que todos os nossos amigos são legais e que nossos parentes, principalmente eles, são fiéis a nós. Tudo balela!

Cade serzinho vivo nesse mundão de meu Deus tem as suas convicções e JAMAIS, aconteça o que acontecer, irá mudá-las. É triste, mas é MUITA verdade. E não importa se você está lidando com um colega de trabalho, um amigo de infância ou seu próprio irmão. O que ele (a) acredita que é o certo, sempre será! Ainda que você diga que é diferente, que não é bem como ele imagina, que coisas novas, inerentes (e intrínsecas) podem existir.

Mas até aí, tudo bem. Vida que segue…

Duro mesmo é quando qualquer uma dessas pessoas ACHA QUE SABE TUDO sobre você e “vende” a sua imagem para terceiros. Então, em um belo dia, “terceiros” chega para você e diz que “fulano, que te conhece muito bem, falou que você é assim! E se 'terceiros' está dizendo só pode ser verdade, afinal ele (a) é seu amigo (colega, parente) há milhares de anos…”.

Que argumentos você terá então? Como você conseguirá se defender se, além desse “testemunho” de terceiros, seus argumentos, além de serem naturalemente contestáveis, tentam lhe defender em causa própria? Não, meu amigo, minha amiga. Não dá!

Eu adoraria colocar nomes e fatos neste post para que tudo ficasse mais facilmente compreensível. Mas não acho justo, já que este blog é pessoal e as pessoas das quais insinuei não estão aqui para se defender. Mas juro para você: é um caso de desgosto profundo, de mágoa para a vida e de decepção pura, podre e absurda.

Sabe quem perde? Bom, não sei. Apenas não confio em mais ninguém. Ninguém… ]

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fevereiro 09, 2009

*** plágio e ética ***

[ Crise no mundo da Dança do Ventre?

“Sei que, às vezes, uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas”
Quase Sem Querer, do Legião Urbana
(Composição: Dado Villa-Lobos / Renato Russo / Renato Rocha)

Fui convidado pela Luana para discorrer algumas letrinhas aqui sobre ética, mas não especificamente sobre o recente caso de “plágio” (vamos começar deixando-o entre aspas, ok?) que a revista Oriente, Encanto e Magia, de Shalimar, organizadora do Mercado Persa, publicou em artigo de Hayat el Helwa. Hayat assina a autoria do texto “A dança da moda no Egito – Dança Shaabi”, que parece com do artigo “O Popular”, de Roberta Salgueiro, publicado em julho do ano passado. Não estou aqui para julgar ninguém, apenas para deixar o meu ponto de vista.

Bom, para quem não me conhece (“quem esse cara pensa que é, para chegar aqui falando ‘um monte’?”), tenho 42 anos e sou jornalista especializado em automobilismo. Mas já trabalhei em TI, games, moda, economia e cinema. Sobre dança, o máximo que escrevi foi um artigo pessoal, bem curtinho, para a revista Boa Forma, em 1995, se não me engano. Ali eu relatava a minha experiência com o Jazz. Mas tenho de confessar: o texto ficou muito melhor do que o meu desempenho nas barras… Ou seja, como praticante de Jazz, sou um ótimo jornalista. Circulo aqui no blog da Luana por ser fã dela e um apaixonado pela bellydance. É isso! Esse sou eu!

A Ética é uma matéria muito importante para qualquer carreira e matéria do curso de Comunicação Social, principalmente na modalidade Jornalismo. Mas, muito além da necessidade teórica de se exercê-la, ela é importante para qualquer cidadão. Deve, na verdade, ser aprendida em casa, passada de pais para filhos. Ainda assim, é comum vermos gente pisando na ética como se fosse nada, mero lixo.

No segmente que atuo, aconteceu um caso clássico. Uma reportagem INTEIRA foi copiada, da primeira linha até o ponto final, e só foi trocado o nome do autor. O problema é que autor do texto, o original, é um colega bastante espirituoso e possui uma forma muito peculiar e inteligente de escrever suas reportagens. A matéria copiada em questão chegou ao cúmulo de MANTER as suas piadas e ironias intactas! Ou seja, o texto foi copiado ipsis litteris (do latim, “pelas mesmas letras”…).

Em 1994, eu cheguei a se “acusado de plágio”. Foi uma situação bastante patética, diga-se. Foi algo como se eu fosse, no meio de um texto grande, explicar o que é a água e dissesse: “a água é um líquido incolor, insípido e inodoro, formado por duas partículas de Hidrogênio e uma de Oxigênio (H20)”. Ou seja, qualquer pessoa no mundo poderia dar essa descrição “técnica” do que é a água, inclusive da mesma forma e usando as mesmas palavras, concordam? A diferença é que a minha reportagem da época se tratava de explicar o “funcionamento da cápsula que capta o ar para emissão dos sons em um microfone”. Usei uma explicação técnica tirada de uma obra de referência básica e comum (na época, não tinha internet, então usei uma enciclopédia! Estou ficando velho). Jornalista jovem e inexperiente que eu era, errei ao não citar a enciclopédia. Mas acredito que os leitores da revista não teriam gostado de saber. Afinal, leitores de publicações especializadas gostam de ver os jornalistas como especialistas. No “frigir dos ovos”, minha editora entendeu e fez vista grossa. Ela própria não havia percebido a minha “cola”. Quem me “entregou” na época foi um outro jornalista que, enciumado por ter perdido espaço na publicação, queria me derrubar. Já viu esse filme, né?

Uma seara que parece ter muita cópia é no jornalismo esportivo, principalmente naquele que faz cobertura futebol. Isso porque há uma “fórmula” para que os repórteres relatem as partidas de futebol no jornal diário. Agora, pense: se todos os repórteres estão ao mesmo tempo no campo e os seus artigos publicados já estão no jornal de segunda-feira (menos de 24 horas após o apito final), como seria possível um plagiar o outro? Não dá, não é mesmo? Mas é que a história é a mesma, os fatos são os mesmos, os autores dos gols e o tempo de jogo em que eles acontecem são os mesmos, enfim… É a mesma história, contada por diferentes profissionais da imprensa. O que vale então, nesses casos, é a criatividade de cada, a apuração de cada um (entrevistas diferenciadas) e até a capacidade que cada um tem de transformar uma história banal (22 homens correndo atrás de uma bola) em um texto agradável, divertido, bem-escrito e que flui…

Na época que comecei em redações (1992), não havia computadores nelas. Usávamos máquinas de escrever e telefones em que era preciso “discar” – sim, eles eram antigos e tinham aqueles discos com números. O valor que um jornalista tinha no mercado era calculado pelas fontes que ele tinha, pelos números que constavam da sua agenda telefônica. Era preciso ser bem relacionado. Saber quem teria a informação que você precisava e ter acesso a essa pessoa. Naquela época, também gravávamos TUDO; as fotos eram feitas em papel (filme) ou em cromo (película). Era tudo teoricamente mais palpável, mais verdadeiro.

Hoje, na “Google-Era”, as redações foram encolhidas e há centenas de blogs “especializados” em tudo quanto é assunto. Qualquer garoto de 16 anos com um bom conhecimento de computadores, softwares e internet pode ter o seu “veículo de comunicação”! E o pior: e acha que, por isso, tem direito a se credenciar em uma cobertura em um grande evento, pode participar de uma coletiva de imprensa! Não que eu seja contra, não que eu ache que NINGUÉM pode e muito menos acho que eu seja “melhor” que alguém. Mas é preciso saber “separar alhos de bugalhos”; do contrário, surgirão tantos “especialistas” ou “colunistas” de qualquer coisa que, daqui a pouco, perderemos totalmente a referência do que é confiável e verdadeiro e o que não é.

Todos esses causos expostos, acho deveras importante enfatizar a importância da ética e também do valor de uma “obra intelectual”. Tudo o que foi exposto aqui saiu da minha cabeça, da minha experiência de vida profissional. A única coisa que não é de minha autoria é o trecho da música do Legião Urbana que abre esse artigo e que, por não ser meu, coloquei entre aspas e citei os autores. E é isso que qualquer blogueiro do mundo tem de aprender a fazer: citar suas fontes!

Não é porque as pessoas aprendem a ler e escrever em tenra idade, com 5, 6 ou 7 anos de idade, que textos escritos são menos importantes que músicas, pinturas ou esculturas – até porque, se você pensar bem, antes de aprender a ler e escrever você já faz música (no berço e aos berros), pinturas (com guache e até com a comida) e esculturas (de argila, massinha e qualquer outra coisa maleável que a sua mãe deixe à as frente)!!

Ou seja, mesmo concordando com Renato Russo, é preciso que as pessoas entendam que a ordenação de palavras para forma uma frase é única, singular e de propriedade de seu autor; da mesma forma que a ordenação de sete notas musicais, em diferentes ritmos e andamentos, compõe músicas tão diferentes, de estilos completamente opostos e são, por isso mesmo, méritos de seus autores.

Enfim, se você gosta de buscar informações no Google, procure saber mais sobre Ética, Plágio, Direitos Autorais e pense bastante bem antes de sair por aí, “copipasteando” textos de outros autores! ]

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janeiro 28, 2009

*** de repente, 40!!! ***

[ sabe o filme De Repente 30 (13 Going On 30), com a engraçada Jennifer Anne Garner, em que ela "acorda" com 30 anos? É uma daquelas películas divertidas, que você assiste sem ter de pensar e que, certamente, fará sucesso na sessão da Tarde. Pois bem, eu "vivi" uma sensação mais ou menos parecida na última sexta-feira. Depois de um longo e tenebroso inverno sem sair para baladas noturnas, fui à uma danceteria no Jardins. Meo Deos!

Na fila, já me sentia um extra-terreno, apenas ouvindo as conversas vizinhas. Garotos e garotas da geração da minha filha (aaaaaaaaahhhhhhhhhh) conversavam sobre suas mazelas no colégio, cursinho ou faculdade e sobre os incansáveis conflitos com seus pais e mães. Relatavam os porres homéricos, sobre a falta de grana (mesada?), sobre as provas e trabalhos. Pensei: "pôxa, ninguém aqui fala nada sobre o custo do IPTU, sobre a inspeção veicular ou sobre os juros do cartão de crédito?".

O grande auge da noite foi quando a fila chegou na porta! Sim, me pediram a identidade para ver se eu já "era de maior" (hahahahaha). Ao nosso redor, meninos e meninas imploravam ao segurança para poderem entrar. "Eu já tenho 21!!", dizia uma menina baixinha ao meu lado. "Ah! Vamos embora buscar a RG para provar para esse cara que temos dezoito", bradava outro rapaz (!) ao seu amigo, ambos imberbes, com seus all-star.

Lá dentro, a música dos anos 80 (foi por esse motivo que escolhi aquela casa) tocava no andar de cima, discotecada por uma DJ que, provavelmente, era da minha geração. Mas a galera só enchia a pista mesmo, por sinal aos berros, quando tocavam músicas novas, nacionais, as quais nunca ouvi na vida.

Vou dizer: foi uma experiência! Cheguei a pensar "será que isso não é mesmo mais pra mim?". Mas concluí que, não, muito pelo contrário. Tenho é de ficar feliz pois, apesar de ter o DOBRO (farei 42 no mês que vem) da idade da maioria dos frequentadores, devo comemorar o fato de poder reviver coisas do meu passado. Quantas pessoas não lamentam "tempos que não voltam", ou das "saudades daquelas baladas de outrora"? Pois as minhas baladas de 20 anos atrás ainda estão aí e, sempre que eu quiser, posso ir lá, como se o meu "brinquedão de adolsecente" perdurasse por décadas.

Ou pelo menos até que aquela DJ não se canse e abandone a casa...

PS.: bytheway, obrigado pelo prestígio Robertinha!! Venha sempre!! ]

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janeiro 16, 2009

*** opa! agora eu sou lido! tenho de escrever!! ***

[ hahahaha. Claro que esse título é brincadeirinha! Por mim, eu escreveria mesmo sem “ter de escrever”. Mas quando se trabalha com isso e, principalmente, quando se recebe por isso (clama lá, não é lá grandes coisas…), dá um pouco de preguiça escrever “digrátis”, para a gente mesmo. Se, para piorar, sabemos que não temos leitores então… Aff, aí é que não vai mesmo.

O grande lance é que agora eu estou chic: sou lido por uma artista-plática gatona e chiquíssima de Gonçalves, uma “pequena e pacata cidade” no interior-sul de Minas Gerais, perto de Monte Verde, de Camanducaia, de São Bento do Sapucaí… Na real, ela é paulistana da gema, mas tal e qual a protagonista do filme Sob o Sol de Toscana, “se achou” em Gonçalves, para onde se mudou de mala, cuias (e haja cuias!!) e atelier. Obrigado pelas belas palavras, Cy!

Aliás, por falar em “receber para escrever”, ontem à noite conversando com um amigão meu, disse-lhe o quanto lamento essa profissão de jornalista, pela forma como (não)somos pagos. É impressionante a facilidade e tranquilidade como as pessoas simplesmente te contratam e não te pagam. Tem ainda aqueles que combinam um preço X e na hora de pagar vem com essa: “O 'projeto' (odeio essa palavra) não deu certo e não tenho como te pagar X. Mas posso te pagar X/2 em duas vezes de X/4”. Acredita? Isso acontece todo dia. Tem aqueles que simplesmente somem sem te pagar, tem os “promessinhas” que TODAS AS SEMANAS garantem que vão te pagar e o dinheiro nunca aparece… Enfim!

Queria um trabalho que fosse como restaurante: você senta, escolhe o que quer comer, come e paga na hora pelo alimento e pelo serviço que teve. Fim da relação comercial. Jornalismo poderia ser assim também: “faço essa reportagem para você por X reais”; entrego a matéria em uma mão, com a NF e recebo o pagamento com a outra, na hora, cash, à vista! Ai, ai, quem me dera!

Vamos ver se realmente este 2009, como diria a minha amiga Robertinha, “por ser ano ímpar, será ano bom”. A Robertinha, diga-se, do O Mundo É Estranho (OMEEhttp://mundoestranho.blogspot.com/) e do Homem é Tudo Palhaço (HTPhttp://tudopalhaco.blogspot.com/). ]

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outubro 29, 2008

*** semaninha speed-hardcore-punk-death-metal ***

[ se você mora em São Paulo e gosta de carros e, principalmente, de carros de corrida e de corridas de carro, parabéns! Esta é a SUA semana. Começa hoje no Pavilhão de Expsições do Anhembi e amanhã no Autódromo de Interlagos os mais badalados eventos desses segmentos: o Salão do Automóvel e o GP Brasil de Fórmula 1, respectivamente.

O GP Brasil, diga-se, tem ares de final de Copa do Mundo para nós, brasileiros. Pela primeira vez na história da categoria, um brasileiro terá a chance de conquistar o título “em casa”. Isso porque, nas outras oito vezes em que o Brasil foi campeão, a prova brazuca era realizada no início da temporada. Desde que o campeonato passou a terminar aqui, é a primeira vez que isso acontece.

Sim, Felipe Massa tem poucas chances e não depende apenas de suas próprias forças. Terá ainda de torcer por infortúnios do líder do campeonato, o inglês Lewis Hamilton. Mas, em se tratando de vitórias suadas, complicadas e sofridas… Seja o que Deus quiser. Boa sorte, Felipe! ]

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outubro 21, 2008

*** desabafo ***

[ O ótimo Marco Sabino (http://www.marcosabino.com/) publicou um artigo sobre a tendência, cada vez maior, de homens querendo se vestir com roupas de mulher.

E questiona: : "por que, afinal, tantos homens querem se vestir de mulher? Que fenômeno é este? Seria por diversão?"

Olha, amigo Marco, eu não sou dono da verdade, mas sou um legítimo entusiasta dessa tendência. E não acredito que seja "por diversão". Penso que é muito mais por incorformismo mesmo.

Se você buscar uma revista Cláudia ou uma Desfile de 1973 e uma de hoje (35 anos depois), verá que a "moda masculina" (assim mesmo, entre aspas) que é aceita e, principalmente, comercializada, salvo raríssimas exceções, mantém sempre a ditadura do calça-camisa-gravata-colete-paletó/blazer-sapato (azul, marrom ou preto). Bull shit! Só isso!! Nada de inovações, nada de cortes radicalmente novos, nada de peças novas, nada de tecidos com cores e matrizes legais!

Marcos, ATÉ as calcinhas são mais confortáveis que cuecas!! E, entretanto, são as mulheres que "ganharam" cuecas femininas para usar. Elas, aliás, podem usar TUDO. Até os nossos famigerados ternos, blazers e paletós (arght!), que nada mais são do que meros uniformes, tão pobres e simplistas quanto os utilizados pelas forças armadas, policiais e bombeiros.

Pelo fim da ditura! Pela democratização dos armários JÁ!! Que cada um possa usar aquilo que quiser, qualquer coisa, sem que seja rotulado de forma alguma; afinal, moda não PODE nem DEVE ser confundida com orientação sexual. Assim como muitos gays (nada contra os gays, ok?) usam ternos alinhadíssimos, os não-gays/heterossexuais deveriam poder usar vestidos, saias e saltos-altos sem que isso lhes conferisse alguma espécie de chancela.

Oras, por que eu não posso ter SAPATOS DE SALTOOOOO???

Hello, mundo: estamos em 2008!! Vamos abrir a cabeça!! Vamos pensar um pouco! Ninguém É aquilo que veste! Do contrário, o fato de eu vestir uma batina me daria a possibilidade de ministrar casamentos e, se eu vestisse a camisa 11 do Vasco, poderia sair jogando como o Romário. Mas, não, não é assim que a vida funciona.

Pela liberdade de expressão TOTAL na moda! Hoje e AGORA!! ]

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outubro 11, 2008

*** "pé-de-chinelo" quem? ***

[ aí, em uma bela manhã de sábado, você vai à lavanderia e lhe roubam o carro. Na mão grande! "Posso só tirar o cachorro do banco de trás, pegar meu celular e minhas chaves?" Ele até deixou tudo, mas não teve tempo para achar as chaves o celular. Levou embora junto com o carro (novo, 3.000 km) e saiu em disparada. Afinal, como ele mesmo anunciou, precisava "sair daqui rapidamente". O rescaldo foi "positivo": perda financeira e um certo dano psicológico, claro. Mas não houve violência, agressão, disparo... Agora, vem a chatice burocrática toda que já incluiu um investimento de R$ 250 para a troca de todas as fechaduras da casa - afinal, ele levou as chaves! E não vale a pena arriscar.

Momento do B.O., pela narração do causo, a autoridade, em uma análise experiente, declamou: "é um ladrão 'pé-de-chinelo'". Certo... Claro... Ele levou o carro, as chaves de casa, alguns CDs, um celular (tudo bobagem), foi embora e sumiu! Que era o que ele queria. Ou seja, realizou seu objetivo. Mas, para o delega, é um "pé-de-chinelo"!

Gozado... Então porque, raios, eu tenho a impressão é que as autoridades que não nos protegem, fazem greve, não pegam o cara que levou meu carro, que eles também não conseguem localizar, é que são os verdadeiros "pés-de-chinelo" dessa história? Engraçado isso... ]

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outubro 09, 2008

*** nádegas a declarar ***

[ como diz o policial, “o sr. tem o direito de permanecer calado, sob a alegação de que tudo o que disser poderá e SERÁ utilizado contra o sr.”. Sendo assim, hoje, deixo que os Secos & Molhados falem por mim...

"Eu não sei dizer
Nada por dizer
Então eu escuto

Se você disser
Tudo o que quiser
Então eu escuto

Se eu não entender
Não vou responder
Então eu escuto

Eu só vou falar
Na hora de falar
Então eu escuto"

That's all folks ]

outubro 07, 2008

*** hoje foi complicado… ***

[ a culpa deve ter sido do meu bom humor matinal insuportável. Acredita que não consegui produzir muito? Sério! Está certo que tive oooooutras missões não menos importantes. E vale dizer ainda que a viagem desta semana foi adiada um dia. É, acho que foi por tudo isso que acabei não evoluindo muito no trabalhinho… Como diria meu avô, “amanhã será melhor”. ]

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*** dias mais belos ou apenas dias? ***

[ eu costumo dizer que não existe dia feio. Todo dia é lindo. Claro, se o dia amanhece ensolarado, NOSSO humor fica melhorzinho. Deve ser por osmose. Dias nublados tendem a nos deixar meio "cururus". É normal. Agora, pode ser o dia mais terrível, gelado, nublado ou chuvoso (veja bem, apenas me referindo às condições climáticas), mas se você ouvir a frase certa, ou ler a mensagem perfeita, ou tiver a notícia mais esperada… Aí, meu amigo, nem uma tsunami ou o mais nervoso dos furacões poderão tirar esse "sorrisinho maroto" do seu (meu?) rosto!! Hehehehehe… ]

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outubro 06, 2008

*** novidades na area ***

[ olha só, o blog original não estava funcionando muito bem. Pudera! Era antiguinho, eu já havia modificado muito seu formato original, enfim… Travava daqui, travava dali, não resisti à tentação de dar um upgrade no visual (era meio soturno o anterior) e, conseqüentemente, corrigir as imperfeições.

Prova disso é que, agora, você, caríssimo leitor, possui novamente a oportunidade de comentar aqui! Bom, né? Em contrapartida, quem já havia feito comentários, dançou: foram todos para o limbo da net. Certamente desaparecerão definitivamente no dia em que algum servidor (onde eles estão) for defragado! Tadinhos…

E já que o visual mudou, os comentários voltaram, achei por bem renomear o blog. Sim, porque The Blues Brothers era uma referência ao fato de que aqui escreviam Edilson Albino e Betto D'Elboux. Faz tempo que não vejo o Dantesco Edilson. Por razões profissionais (e outras nem tanto) sinto que, dia desses, nos encontraremos. Você saberá por aqui…

Bom, não vou prometer, mais uma vez, manter a regularidade nos posts, porque posso furar. Mas vou me esforçar para conseguir…

E, Deos pai, como tenho novidades para contar aqui!! ]

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janeiro 15, 2008

*** And guess what!!! ***

[ Só para não perder ohábito, o link para os comentários vanishing again... Bah! ]

*** Para não perder o hábito ***

[ Como faço todos os anos, sempre posto um textinho curto para "marcar" o início do ano. Freqüentemente, prometo (e, normalmente não cumpro...) manter a regularidade das aualizações. Enfim, mais uma coisa que eu gostaria de, definiivamente, "consertar" em mim...

A boa nova é uma "caixinha de música" SENSACIONAL lá no fim do blog. Vá lá conferir. São sons que de alguma forma marcaram a minha vida. Ou não. Pode ser que você dê a sorte apenas de pegar uma música nova que eu selecionei recentemente. Ouça lá! ]

abril 03, 2007

*** Eduardo e Mônica? ***

[ Faz apenas quatro horinhas que acabou... Mas eu ainda estou enebriado... Nem era para tanto, afinal foram apenas quatro ou cinco choppinhos. O que são cinco choppinhos em uma segunda-feira. Opa! Eu disse segunda-feira? Vich... Dia de futebol! Agora já era... Foi-se, fica para a semana que vem. Mas, caramba. Perder o futebol assim.

O que raios tinha na água daquele chopp?

Ou talvez não fosse mesmo o chopp. Seriam os olhos? A boca? O conjunto da obra? Vai saber... O fato é que, teoricamente, fazia uns cinco anos que não nos víamos. Na prática, para mim, aquele encontro – os americanos chamam de "dating" que eu acho mais bonitinho e tinha mais a ver com a situação – era o primeiro depois de 22 anos! VINTE E DOIS ANOS????????

Pois é, quando a conheci ela era uma menina. Tinha 13. Eu tinha 17/18... De cara, em pleno meados dos anos 80 ("Papa don't preach, I'm in trouble deep, Papa don't preach, I've been losing sleep, But I made up my mind, I'm keeping my baby...") nos encantamos um pelo outro, mas nada aconteceu. A verdade, nada mais do que a verdade? Sempre a achei "demais para mim". Pode parecer uma opinião imatura, modesta, babaca, ingênua... Mas quem não sente isso muitas vezes, quando achamos que desmerecemos algo ou alguém simplesmente por valorizarmos exageradamente o que queremos intensamente. Enfim... Seguimos caminhos diferentes e nunca mais nos vimos. Até que um dia pegamos o mesmo ônibus, rumo à Av. Paulista. Quando sentei ao seu lado, não acreditava que era ela. Só quando ela abriu a agenda em sua mão pude ter certeza: ERA ELA! Puxei papo. Conversamos. Trocamos fones.

Na época, ambos já éramos, digamos, adultos resolvidos. E ambos de casamentos marcados. Saímos umas três ou quatro vezes. Cineminha básico com direito a choppinho no Shopping Paulista. Em nenhuma das vezes, NADA aconteceu. (esse bendito respeito) E então, nos reencontramos novamente no dia em que ela foi levar o convite do casamento na minha casa. Dia triste. Arrisquei todas as minhas fichas no melhor estilo "despedida de solteiro" e... NADA de novo. Três anos depois, mais um encontro. Este, casual. Ironia do destino, na época era a vez do meu casamento e, coincidentemente... (continua)

janeiro 19, 2007

*** Surreal ***

[ Logo após publicar a notinha abaixo, dei uma segunda olhada para o meu bloguinho. Incrível! Ele foi criado em 2002, mas depois disso ele só teve posts em anos ímpares. Por que será? Mistééééééério. ]

*** depois da bronca da Gabi… ***

[…resolvi postar uma notinha aqui, apenas para ter um post novo, de Ano Novo. Tive a capacidade de não postar NADA em 2006! Isso é péssimo! Preciso me organizar. Aliás, o meu armário de roupas, aquele “tugúrio encantado” chegou ao limite da bagunça no fim de 2006. Quando percebi que, realmente, nada mais entrava ali direito, resolvi arrumá-lo. E consegui. Hoje ele está em ordem e, curiosamente, tenho tido prazer em mantê-lo assim TODOS OS DIAS! É isso que preciso fazer com a minha mesa de trabalho e com a minha vida digital. Vamos ver se, motivado pela Gabi, eu consigo! ]

outubro 28, 2005

*** texto da Isto É, bem legal ***

[ "Cuidado com os
burros motivados"

Em Heróis de verdade, o escritor combate a supervalorização da aparência e diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima

Camilo Vannuchi

Observador contumaz das manias humanas, Roberto Shinyashiki está cansado dos jogos de aparência que tomaram conta das corporações e das famílias. Nas entrevistas de emprego, por exemplo, os candidatos repetem o que imaginam que deve ser dito. Num teatro constante, são todos felizes, motivados, corretos, embora muitas vezes pequem na competência. Dizem-se perfeccionistas: ninguém comete falhas, ninguém erra. Como Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa) em Poema em linha reta, o psiquiatra não compartilha da síndrome de super-heróis. "Nunca conheci quem tivesse levado porrada na vida (...) Toda a gente que eu conheço e que fala comigo nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, nunca foi senão príncipe", dizem os versos que o inspiraram a escrever Heróis de verdade (Editora Gente, 168 págs., R$ 25). Farto de semideuses, Roberto Shinyashiki faz soar seu alerta por uma mudança de atitude. "O mundo precisa de pessoas mais simples e verdadeiras."

ISTOÉ - Quem são os heróis de verdade?
Roberto Shinyashiki - Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa Possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.

ISTOÉ - O sr. citaria exemplos?
Shinyashiki - Dona Zilda Arns, que não vai a determinados programas de tevê nem aparece de Cartier, mas está salvando milhões de pessoas. Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito "100% Jardim Irene". É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana. Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.

ISTOÉ - Qual o resultado disso?
Shinyashiki - Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.

ISTOÉ - Por quê?
Shinyashiki - O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência. Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.

ISTOÉ - Há um script estabelecido?
Shinyashiki - Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um presidente de multinacional no programa O aprendiz? "Qual é seu defeito?" Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: "Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar." É exatamente o que o chefe quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder. O vice-presidente de uma das maiores empresas do planeta me disse: "Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir." Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?

ISTOÉ - Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Shinyashiki - Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados. Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado. Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.

ISTOÉ - Está sobrando auto-estima?
Shinyashiki - Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parece que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.

ISTOÉ - Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?
Shinyashiki - Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta. O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: "Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham." Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo. A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.

ISTOÉ - O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Shinyashiki - Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram. A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.

ISTOÉ - É comum colocar a culpa nos outros?
Shinyashiki - Sim. Há uma tendência a reclamar, dar desculpas e acusar alguém. Eu vejo as pessoas escondendo suas humanidades. Todas as empresas definem uma meta de crescimento no começo do ano. O presidente estabelece que a meta é crescer 15%, mas, se perguntar a ele em que está baseada essa expectativa, ele não vai saber responder. Ele estabelece um valor aleatoriamente, os diretores fingem que é factível e os vendedores já partem do princípio de que a meta não será cumprida e passam a buscar explicações para, no final do ano, justificar. A maioria das metas estabelecidas no Brasil não leva em conta a evolução do setor. É uma chutação total.

ISTOÉ - Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
Shinyashiki - Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente. Há várias coisas que eu queria e não consegui. Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse. Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo. Um amigão me perguntou: "Quem decidiu publicar esse livro?" Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.

ISTOÉ - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
Shinyashiki - O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas. A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram. Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards. Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.

Max G Pinto
"O mundo corporativo virou um mundo de
faz-de-conta.
É contratado o sujeito com mais
marketing pessoal"

ISTOÉ - Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São quatro Loucuras da sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais. A segunda loucura é: "Você tem de estar feliz todos os dias." A terceira é: "Você tem que comprar tudo o que puder." O resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quarta loucura: "Você tem de fazer as coisas do jeito certo." Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você precisa ser feliz tomando sorvete, levando os filhos para brincar.

ISTOÉ - O sr. visita mestres na Índia com freqüência. Há alguma parábola que o sr. aprendeu com eles que o ajude a agir?
Shinyashiki - Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz: "Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero ser feliz." Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis. Uma história que aprendi na Índia me ensino muito. O sujeito fugia de um urso e caiu em um barranco. Conseguiu se pendurar em algumas raízes. O urso tentava pegá-lo. Embaixo, onças pulavam para agarrar seu pé. No maior sufoco, o sujeito olha para o lado e vê um arbusto com um morango. Ele pega o morango, admira sua beleza e o saborei. Cada vez mais nós temos ursos e onças à nossa volta. Mas é preciso comer os morangos. ]

outubro 24, 2005

*** Ground control to Major Tom… ***

[ Ground control to Major Tom Ground control to Major Tom:
Take your protein pills and put your helmet on
Ground control to Major Tom: Commencing countdown engine's on
Check ig-nition and may God's love be with you

This is ground control to Major Tom, you've really made the grade!
And the papers want to know whose shirts you wear,
Now it's time to leave the capsule if you dare

This is Major Tom to ground con-trol, I'm stepping through the door
And I'm floating in the most peculiar way
And the stars look very difeerent today

For here am I sitting in a tin can, far above the world
Planet Earth is blue and there's nothing I can do

BRIDGE

Though I'm passed one hundred thousand miles, I'm feeling very still
And I think my spaceship knows which way to go,
tell my wife I love her very much she knows

Ground control to Major Tom:
Your circuit's dead, there's something wong.
Can you hear me Major Tom?
Can you hear me Major Tom?
Can you hear me Major Tom? Can you ...

Here am I floating round my tin can, far above the moon
Planet Earth is blue and there's nothing I can do… ]

agosto 31, 2005

*** so closer... ***

[ Bela voz… ]

agosto 29, 2005

*** post em homenagem ao pitaco que eu tomei ***

[ by Simple Minds

Don't You (Forget About Me)

(Hey, hey, hey, hey)

Won't you come see about me
I'll be alone dancing, you know it, baby
Tell me your troubles and doubts
Giving me everything inside and out
And love's strange: so real in the dark
Think of the tender things
That we were working on
Slow change may pull us apart
When the light gets into your heart, baby

Don't you forget about me
Don't, don't, don't, don't
Don't you forget about me

Will you stand above me
Look my way, never love me
Rain keeps falling
Rain keeps falling
Down, down, down
Will you recognize me
Call my name or walk on by
Rain keeps falling
Rain keeps falling
Down, down, down, down

(Hey, hey, hey, hey)

Don't you try and pretend
It's my beginning
We'll win in the end
I won't harm you
Or touch your defenses
Vanity, insecurity

Don't you forget about me
I'll be alone dancing, you know it, baby
Going to take you apart
I'll build us back together at heart, baby

Don't you forget about me
Don't, don't, don't, don't
Don't you forget about me

As you walk on by
Will you call my name
As you walk on by
Will you call my name
When you walk away

Oh, will you walk away
Will you walk away
Oh, call my name
Will you call my name ]

junho 10, 2005

*** Tem coisas que não dá para deixar para depois… ***

[ Mas nem sempre é tão possível assim. Por exemplo: eu estou com uma necessidade incrível de dizer coisas que não gostaria de dizer. Então, para não "passar em branco", prefiro apenas cantar…

I am the son and the air
Of a shyness that is criminally vulgar
I am the son and heir
Of nothing in particular

You shut your mouth
How can you say
I go about things the wrong way
I am human and I need to be loved
Just like everybody else does

I am the son and the heir
Of a shyness that is criminally vulgar
I am the son and heir
Of nothing in particular

You shut your mouth
How can you say
I go about things the wrong way
I am human and I need to be loved
Just like everybody else does

There's a club if you'd like to go you
Could meet somebody who really loves you
So you go, and you stand on your own and
You leave on your own and you go home,
And you cry and you want to die.

When you say it's gonna happen "now",
When exactly do you mean? see I've already
Waited too long and all my hope is gone

You shut your mouth
How can you say
I go about things the wrong way
I am human and I need to be loved
Just like everybody else does

É isso… Qur dizer, por enquanto, é isso!! ]

maio 31, 2005

*** The life just like it is… ***

[ “E a vida… e a vida o que é? Diga lá meu irmão…”. Putzgrila! Eu já tenho 38 (para alguns, praticamente um 'tiozão') e continuo aprendendo, continuo me surpreendendo cada dia mais. Ah, ser humano… Essa coisinha tão mágica, tão complicada… É muito louco como, às vezes, parece existir um padrão. Sim, tipo, como se diz em tecnologia, um pattern, seja para os homens, seja para as mulheres. Mas aí você começa a observar mais atentamente e vê, surrealisticamente, que há um desvio, uma alteração, um gesto ou ação novos que modifica radicalmente aquele padrão. Complicado? Vou tentar explicar: imagine uma mulher padrão, com suas inquietudes, sua ambição, sua TPM, seu consumismo e sua vaidade. Assim a título de exemplo, apenas uma mulher básica mesmo. Não há necessidade, aqui nesta tese, de aprofundamento. Pois é, aí essa mulher, um dia, toma uma atitude totalmente… masculina! Tipo, sei lá, “hoje não tô afins de ir na mamãe, vou ficar vendo o futebol e tomando cerveja…”. Surreal? Parece, né? Mas, pasme, EU VI ACONTECER!! Sério! Eu juro!! E também já cenas que comumentemente são delegadas para mulheres acontecerem com homens, machos da Móoca! Tipo: o cara exagera na fofoca… É seu amigo e talz, joga bola com você, mas, em um belo dia, você se dá bem. Sabe aquele dia que Deus vira para a Terra e fala “hey, você aí… não! Você não!! O magrinho do seu lado, esse com o cabelo maluquinho! É… Você mesmo!! Hoje É O SEU DIA!!”. Pois é meu amigo, minha amiga, às vezes isso também acontece. E Ele te escolhe!! Não é fantástico? Aí, nesse dia de Luz, seu 'amigão' pensa “por que ele e não eu?”. Ainda que de uma forma intrínseca, ainda que de maneira totalmente inadvertida e instintiva… seu amigo fica com uma pontinha de ciúmes de você. E te fode com uma fofoca – característica tipicamente feminina! Mesmo sendo MUITO seu amigo! É a vida… A gente nunca sabe exatamente como as pessoas são. Dificilemente não somos decepcionados pelos amigos. Raramente sabemos que são nossos amigos DE VERDADE e quais são os de "ocasião", por interesses excusos. O mais engraçado é como o Orkut tornou-se uma ferramenta que auxilia nesse tipo de identificação, né? Dá para ver quem comenta na sua página – e que tipo de comenteario –, quem te dá parabéns, quem se importa… É… é a vida! A vida como ela é… ]

março 22, 2005

*** i don't remember… ***

[ Como era mesmo o padrão que eu havia desenvolvido para este blog...? Não me lembro mais... Sei que ele tinha comentários.Eram legais... Dava para perceber que as pessoas vinham aqui. E liam... Mas o mecanismo dos comentários quebrou, eu tentei consertá-lo umas três ou quatro vezes e acabei desistindo... Mas é bom escrever de novo. Digo, escrever "de graça". Essa vida de jornalista… (pausa: jornalista tem vida??). Despausa: …é bem complicada. Felizmente, hoje, posso escrever de coisas que conheço e gosto. Duro era escrever, ainda que recebendo por isso, sobre assuntos que, embora importantes… (pausa: importância é relativa aos valores que você dá as coisas que existem na sua vida. por exemplo, o preço de novas pás de hélices de helicópteros não são importantes para mim… capice?). Despausa… você não tem o menor saco para tratar com a devida profundidade. Explico e exemplifico: você sabe, por exemplo, que o dólar varia de preço diariamente. Sabe também que, a cada quinze dias, o COPOM emite uma Ata sobre os juros praticados o país (e estes juros podem subir, descer ou não mudar...), sabe que o desemprego é um sério problema brasileiro e que se a população gasta muito, consome demais a inflação aumenta, certo? Agora imagine ligar tudo isso de forma detalhada, aprofundade, cheia de gráficos, números, valores estatísticas e, principalmente, aspas. Muitas aspas. Pelo menos umas cinco entrevistas diferentes, só com "gentimportanti". Ai, ai... É difícil... É UM SACO!!! Como diria o baiano, "quem lê tanta notícia?"… (pausa: é incrível como os principais jornais televisos da vênus platinada, coincidentemente, passaram a dar notícias e mais notícias JUSTAMENTE sobre o tema da novela!!! Puxa coincidência, não?). Despausa:… Mas hoje, pelo menos, se o fee não é bom, ao menos a temática é mais agradável. O clima é bom também. Consigo até passar o dia bem humorado! Crê nisso? Enfim... "Tô vortano". Não sei se terei comentários novamente. Mas se você quiser comentar alguma coisa, pode me mandar um e-mail. É fácil! O link está aí em cima. Se você é novo por aqui, sugiro um clic também no link da macarronic version. É superdivertida. Dá para dar algumas risadas… (pausa: não esqueço quando este recurso traduziu Roberto Marinho para Marine Robert… eu chorava de tanto rir). Despausa: … ou não! Me cobre, depois, o texto sobre os amigos. Amigos que vem, amigos que vão. Amigos que você grava o fone no celular e não consegue saber exatamente quem são, nem porque gravou aquele celular… É sério!! Quem é Carmen??? – Abraços! ]

janeiro 01, 2005

*** Chico Buarque ***
[Pode ir preparando aquele feijão preto porque eu estou voltando… ]

dezembro 30, 2003

*** Esse texto, publicado no UOL/Folha, é para homens que sabem o que é um gloss ***

[30/12/2003 - 07h42
Metrossexual, o novo "homem moderno", invade a cultura pop

LÚCIO RIBEIRO
colunista da Folha

E de uma costela gay nasceu o homem moderno. Entre outras coisas, 2003 será marcado pelo ano do aparecimento do termo "metrossexual", designação fashion-mercadológica para um homem das grandes cidades que gasta mais de 30% de seu salário com cosméticos e roupas, frequenta manicures, aprecia um bom vinho, adora um shopping, é (para resumir) mais que simpatizante da cultura gay. Mas não se engane: é um sujeito bem macho.

Desde meados deste ano o mercado publicitário americano está atrás do dinheiro deste ser vaidoso, geralmente bem colocado profissionalmente e que não vive sem sua marca predileta de hidratante para a pele. E atrás dos anunciantes está a cultura pop.

E mais do que um modismo passageiro, como era a aposta quando a palavra metrossexual se alastrou na mídia, a presença desse homem com "H" está viva nos EUA e bem visível no Brasil.

O canal pago Sony exibe por aqui o mais comentado seriado novo de 2003, "Queer Eye for the Straight Guy", que pode ser traduzido como "O Olhar Gay para o Cara Hétero". A série é uma espécie de "reality show" em que cinco gays especialistas em moda, decoração, cultura, comida e vinhos são acionados para transformar um sujeito heterossexual careta em um "novo homem". Mais ou menos como transformar um sapo em um príncipe.

"Queer Eye..." estreou em julho nos EUA e desde novembro passa na Sony brasileira, aos domingos, às 20h30. Na internet circula desde outubro, em programas de download, o divertidíssimo episódio 708 do desenho "South Park", em que toda a cidade, inclusive os levados meninos-personagens, viram metrossexuais.

O termo, que comprime as palavras heterossexual e metropolitano, ganhou editorial da revista mais masculina do Brasil, a "Playboy", que está atenta a esse cara que gosta de mulher e de Listerine. O metrossexual, mais do que uma presença editorial de evolutiva importância, pautou a última edição de outra revista de homens, a "Vip". Em uma das reportagens, inspirada no seriado, alguns gays foram convidados a transformar em modernos alguns homens-"homens", daqueles que adoram futebol, mas que nunca reparam nas unhas bem feitas e pintadas e no cabelo alinhadíssimo do inglês David Beckham.

A diretora de Redação da "Playboy", Cynthia de Almeida, diz que o metrossexual ainda é um sujeito com um comportamento distante do homem brasileiro. "Esse jovem urbano, obcecado pela aparência que consegue segurar a onda da virilidade é raro. O nosso macho médio, no entanto, está longe de ser um brucutu e está cada vez menos preconceituoso em relação a cuidar do corpo e a ficar bonito. Na célebre reportagem do 'New York Times' que botou em circulação o termo metrossexual, tem um texto cujo título eu adoro: 'Esfoliação não é o caminho para o coração de toda a mulher'..."

Se o homem metrossexual brasileiro ainda tem alguma dificuldade de encontrar seu creminho nas revistas brasileiras, americanos vaidosos como o astro galã Brad Pitt acham fácil o deles em páginas e páginas de publicações masculinas bem-sucedidas, consideradas hoje bíblias do metrossexualismo, como a "Details", a "GQ" e a "Vanity Fair".

"Revistas como a 'Details' e outras tiveram que se aproximar dos homens diferentemente nos últimos tempos. No meu caso, como editor da 'Details', tenho feito há três anos uma revista para o homem --não o hétero, não o gay, mas simplesmente para o homem. No começo os críticos de mídia falaram que a 'Details' era uma publicação gay. Agora, falam que minha revista está se enchendo de dinheiro porque conseguiu focar no 'homem contemporâneo', aquele que está interessado tanto no resultado de um jogo do New York Knicks quanto em exposições de arte", disse Dan Peres em chat do "Washington Post".

Mais do que guiado pelas revistas, o metrossexual já ganhou até seu manual em livro. Em outubro último foi lançado "The Metrosexual Guide to Style: A Handbook for the Modern Man", de Michael Flocker. "Nunca estale os dedos em um restaurante para chamar o garçom. Faça um delicado aceno", ensina o guia. ]

dezembro 04, 2003

*** O_livro_da_Lú ***

[Well, já que você perguntou o que eu acho…

É phoda... crises de relacionamento são sempre deveras complicadas... Acho que o importante é vc se perguntar o que quer para a sua vida e o que VOCÊ está fazendo nesse sentido...

Não acho correto julgar o outro quando temos um baita telhado de vidro... Oras, será que estou querendo uma pessoa que não existe? Estou pedindo muito? Sou perfeito ao ponto de oferecer e entregar mais do que recebo? O que eu ganho? O que eu perco? É um problema inerente à natureza da pessoa, um defeitinho corrigível e/ou tolerável, ou estou tentando tapar o sol com a peneira?

São muitos questionamentos que temos fazer todos os dias... Às vezes discutimos, achamos que o problema está resolvido e, meia hora depois, lá está o mesmo defeito (?) de novo...

Para as mulheres então... hã... Foram criadas num mundo onde tudo começava com “Era Uma Vez” e acabava com “Foram Felizes Para Sempre”. Acreditam em Príncipe Encantado! Acham que o espécime macho deve ser o provedor global de 110% de suas necessidades e que elas, nessa hora "submissas", não tem que colaborar, compartilhar, dividir, e até sofrer um pouquinho com o parceiro nos momentos difíceis... Porra!! Para que, raios, serviu a tal Revolução Feminina??

Mas, ok, sejamos razoáveis: é preciso ter responsabilidade! Saber que a índole e o caráter de cada um é a parte mais visível e inconteste no que tange a tomar uma decisão difícil... E é importante TOMAR A decisão, doa a quem doer, assumindo a responsabilidade por ela e arcando com suas conseqüências... Enrolar, protelar e, como você disse, "empurrar com a barriga" é sinal de fraqueza, crueldade, falta de caráter, covardia, irresponsabilidade, imaturidade além de só piorar a situação, dia após dia... Torna as cicatrizes maiores... Freia a possibilidade de um mínimo relacionamento amigável depois e ainda – pior de tudo – nos traz os mais profundos e desgastantes momentos de sofrimento.

Paradoxalmente, enquanto você tem dificuldades por ter gente que apóia o seu marido dentro da sua própria família, eu tenho dificuldades porque a minha própria família contribui para minar o meu casamento... Enquanto faço de TUDO para que ele dê certo, tem gente que põe gasolina na fogueira, puxa tapete e arremesa toneladas de merda ao ventilador... A sensação que eu tenho é como se o meu próprio time de futebol, em vez de tentar fazer gol no adversário, ficasse correndo contra e fazendo gol contra. Sinto que quem deveria me ajudar – nem que fosse "tocando a bola de lado" – prefere me derrubar e faz tudo para que eu perca o Campeonato, ESCANCARADAMENTE. E isso é phoda...

Além disso, a merda do $$$ faz coisas inimagináveis, não é? De repente, você está com a pessoa certa, que te considera a pessoa certa, vocês estão apaixonados, combinam em tudo, mas... Sem grana...

É a rotina do dia-a-dia, é a falta de viagens, é a impossibilidade da diversão, é a inexistência de surpresas...

E viver diariamente "de casa para o trabalho, do trabalho para casa" e quando "fim-de-semana é sinônimo de faxina" porque a sua falta de grana não lhe permite mais ter uma faxineira a cada 15 dias... DURMA SE PUDER!!!

Eu não tenho dormido... Já faz tempo... O sono só chega lá pelas 3h00, 4h00 da manhã... e tenho que levantar (veja bem, eu não disse acordar) às 6h30, 6h45... Isso quando não TENHO que abrir a porta para as necessidades biológicas caninas, o que normalmente ocorre entre 5h00 e 5h30...

Aí, você chega ao trabalho! E seu chefe te dá um esporro porque nada dá certo! Como nada dá certo, você não consegue obter a remuneração que merece (!?!), nem a que necessita (!!!)...

Resultado: você não consegue administrar direito o seu trabalho, o seu lar, a sua família... Caramba! Já pensou se, além desse turbilhão todo, você ainda tivesse que sustentar duas crianças e duas ex-mulheres??

Mas isso é papo para um outro dia...

bjs,
Betto ]


novembro 28, 2003

*** Fan-tás-ti-co… ***

[Fui visitar meu próprio blog para ver se havia algo de novo e, ato inconsciente, errei a digitação. Em vez de http://bettox.blogspot.com, digitei sem o 'x', http://betto.blogspot.com. Lógico! Surgiu o blog que me impediu de registrar o 'betto' e que forçou a criar o 'bettox'. Visitem! Tem só 2 (dois), sim eu disse DOIS (!!!) posts…

O post que mais me chamou a atenção foi o primeiro:

"Pq eh q quase todos aqueles q tem seu blog acham a vida chata?

Serei diferente, só vou falar de coisas alegres; música, amigos, amigas, enfim, coisas q façam rir, ou ao menos, q façam esquecer a tristeza!!!!"

Depois de dizer isso, ele não escreveu mais coisa alguma. Será que é porque a tristeza venceu?]


novembro 27, 2003

*** Um Nome para o Santo ***


[Para quem está lendo este post e é blogueiro, o que se segue é facilmente compreensível, mas para quem não é, por favor, sensibilize-se com a causa, pois ela é nobre.

Na febre de tentar visitar todos os blogs dos que gentilmente comentaram no Dantesco, percebi que somos desamparados pelas forças do bem. Sim, nós estamos à míngua, à margem da sociedade percebida como necessitada. Nós, que cá estamos nos comunicando, travando uma luta diária com nosso escasso tempo para podermos expressar nossas idéias, tragédias, amores, porres, brochadas (ou seriam broxadas?!!), micos, sonhos e futilidades, não podemos contar com nenhuma ajuda dos céus, nenhum auxiliozinho papal, nem um descarrego do tio Edir.

Como alguém pode viver assim, tão desabrigado, tão desantificado, e ainda ter forças para continuar blogando pela web afora? Sim, caros companheiros (não precisar ler isso com a língua entre os dentes), temos que tomar uma atitude drástica ou viveremos o resto de nossos dias trocando templates, lamentando a ausência de conexão para publicarmos nossos textos e o pior, nos descabelando atrás de uma solução definitiva para os comentários que somem.

Caros amigos desamparados, urge a descoberta de um ícone para nos apegarmos nos momentos mais sofríveis, nas horas em que estivermos em nossos quartos e escritórios, em frente aos nossos portais do ciberespaço, e nos perguntando, E agora porra! Pra quem eu rezo?!

Quem será o santo que nos protegerá?

Nota: Este que vos escreve não é religioso, nem ateu, nem preconceituoso. Portanto, expresse seu pensamento sem culpa, pois não importa sua crença, apenas sua vontade de blogar em paz. Que assim seja!]