apenas deixe-me elucubrar um pouco...

janeiro 28, 2009

*** de repente, 40!!! ***

[ sabe o filme De Repente 30 (13 Going On 30), com a engraçada Jennifer Anne Garner, em que ela "acorda" com 30 anos? É uma daquelas películas divertidas, que você assiste sem ter de pensar e que, certamente, fará sucesso na sessão da Tarde. Pois bem, eu "vivi" uma sensação mais ou menos parecida na última sexta-feira. Depois de um longo e tenebroso inverno sem sair para baladas noturnas, fui à uma danceteria no Jardins. Meo Deos!

Na fila, já me sentia um extra-terreno, apenas ouvindo as conversas vizinhas. Garotos e garotas da geração da minha filha (aaaaaaaaahhhhhhhhhh) conversavam sobre suas mazelas no colégio, cursinho ou faculdade e sobre os incansáveis conflitos com seus pais e mães. Relatavam os porres homéricos, sobre a falta de grana (mesada?), sobre as provas e trabalhos. Pensei: "pôxa, ninguém aqui fala nada sobre o custo do IPTU, sobre a inspeção veicular ou sobre os juros do cartão de crédito?".

O grande auge da noite foi quando a fila chegou na porta! Sim, me pediram a identidade para ver se eu já "era de maior" (hahahahaha). Ao nosso redor, meninos e meninas imploravam ao segurança para poderem entrar. "Eu já tenho 21!!", dizia uma menina baixinha ao meu lado. "Ah! Vamos embora buscar a RG para provar para esse cara que temos dezoito", bradava outro rapaz (!) ao seu amigo, ambos imberbes, com seus all-star.

Lá dentro, a música dos anos 80 (foi por esse motivo que escolhi aquela casa) tocava no andar de cima, discotecada por uma DJ que, provavelmente, era da minha geração. Mas a galera só enchia a pista mesmo, por sinal aos berros, quando tocavam músicas novas, nacionais, as quais nunca ouvi na vida.

Vou dizer: foi uma experiência! Cheguei a pensar "será que isso não é mesmo mais pra mim?". Mas concluí que, não, muito pelo contrário. Tenho é de ficar feliz pois, apesar de ter o DOBRO (farei 42 no mês que vem) da idade da maioria dos frequentadores, devo comemorar o fato de poder reviver coisas do meu passado. Quantas pessoas não lamentam "tempos que não voltam", ou das "saudades daquelas baladas de outrora"? Pois as minhas baladas de 20 anos atrás ainda estão aí e, sempre que eu quiser, posso ir lá, como se o meu "brinquedão de adolsecente" perdurasse por décadas.

Ou pelo menos até que aquela DJ não se canse e abandone a casa...

PS.: bytheway, obrigado pelo prestígio Robertinha!! Venha sempre!! ]

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janeiro 16, 2009

*** opa! agora eu sou lido! tenho de escrever!! ***

[ hahahaha. Claro que esse título é brincadeirinha! Por mim, eu escreveria mesmo sem “ter de escrever”. Mas quando se trabalha com isso e, principalmente, quando se recebe por isso (clama lá, não é lá grandes coisas…), dá um pouco de preguiça escrever “digrátis”, para a gente mesmo. Se, para piorar, sabemos que não temos leitores então… Aff, aí é que não vai mesmo.

O grande lance é que agora eu estou chic: sou lido por uma artista-plática gatona e chiquíssima de Gonçalves, uma “pequena e pacata cidade” no interior-sul de Minas Gerais, perto de Monte Verde, de Camanducaia, de São Bento do Sapucaí… Na real, ela é paulistana da gema, mas tal e qual a protagonista do filme Sob o Sol de Toscana, “se achou” em Gonçalves, para onde se mudou de mala, cuias (e haja cuias!!) e atelier. Obrigado pelas belas palavras, Cy!

Aliás, por falar em “receber para escrever”, ontem à noite conversando com um amigão meu, disse-lhe o quanto lamento essa profissão de jornalista, pela forma como (não)somos pagos. É impressionante a facilidade e tranquilidade como as pessoas simplesmente te contratam e não te pagam. Tem ainda aqueles que combinam um preço X e na hora de pagar vem com essa: “O 'projeto' (odeio essa palavra) não deu certo e não tenho como te pagar X. Mas posso te pagar X/2 em duas vezes de X/4”. Acredita? Isso acontece todo dia. Tem aqueles que simplesmente somem sem te pagar, tem os “promessinhas” que TODAS AS SEMANAS garantem que vão te pagar e o dinheiro nunca aparece… Enfim!

Queria um trabalho que fosse como restaurante: você senta, escolhe o que quer comer, come e paga na hora pelo alimento e pelo serviço que teve. Fim da relação comercial. Jornalismo poderia ser assim também: “faço essa reportagem para você por X reais”; entrego a matéria em uma mão, com a NF e recebo o pagamento com a outra, na hora, cash, à vista! Ai, ai, quem me dera!

Vamos ver se realmente este 2009, como diria a minha amiga Robertinha, “por ser ano ímpar, será ano bom”. A Robertinha, diga-se, do O Mundo É Estranho (OMEEhttp://mundoestranho.blogspot.com/) e do Homem é Tudo Palhaço (HTPhttp://tudopalhaco.blogspot.com/). ]

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